sexta-feira, 29 de junho de 2012

DANÇA DOS POVOS



                             DANÇA CIRCULAR



Danças Circulares, ou Danças dos Povos. Estes são os nomes que definem um trabalho ímpar, desenvolvido no Brasil desde 1984 e que vem se espalhando com muita força em todos os estados e segmentos deste grande país.


Origem

O movimento intitulado Danças Circulares Sagradas nasceu com o coreógrafo alemão/polonês Bernhard Wosien quando, em 1976, visitou a Comunidade de Findhorn, no norte da Escócia e pôde ensinar, pela primeira vez, uma coletânea de Danças Folclóricas para os residentes.
De Findhorn até os dias atuais é notável a expansão das Danças Circulares, que no início da década de 90, chegaram ao Brasil e se espalharam formando rodas em parques, escolas, universidades, hospitais, órgãos públicos, ongs, instituições e empresas dos mais variados segmentos.
É importante lembrar que em todas as tribos e em todas as épocas a Dança Sagrada fez parte dos rituais de suas comunidades. O círculo, símbolo universal, tendo como centro muitas vezes o fogo ou objetos sagrados como talismãs e flores, representava o espaço da comunidade para celebrar rituais de passagem como nascimento, casamento, morte e outros momentos importantes da vida humana.
A Dança Circular Sagrada não é, portanto, uma invenção dos tempos modernos. Pelo contrário, é apenas o resgate de uma prática ancestral muito antiga e profunda, vestida para os tempos atuais.

Passo a Passo

A dinâmica das Danças Circulares Sagradas é simples. Ensina-se o passo, treina-se em roda, depois dança-se a música e aos poucos as pessoas começam a internalizar os movimentos, liberar a mente, o coração, o corpo e o espírito.
As danças podem ser simples e de fácil aprendizado, não tendo necessidade de experiência anterior para participar desses círculos. Ou podem ser danças mais sofisticadas, para quem já dança há mais tempo. As músicas escolhidas são de todos os países e as danças podem ser tradicionais, regionais, folclóricas ou contemporâneas.
Experimentar as músicas, os gestos, os ritmos e os passos dos diversos povos, apoiando e sendo apoiado pela roda, faz com que os dançantes entrem quase que imediatamente em um campo novo de aprendizagem, inspirador e desafiador, conectando as pessoas de forma harmoniosa. É também um convite para conhecer, através do ritmo, melodia e movimentos, a expressão de outra cultura, com seus gestos, posturas e história. Naturalmente, o simples ato de dançar junto aproxima fronteiras, estimulando os integrantes da roda a respeitar, aceitar e honrar as diversidades.

Propósito

O principal enfoque na Dança Circular Sagrada não é a técnica e sim o sentimento de união de grupo, o espírito comunitário que se instala a partir do momento em que todos, de mãos dadas, apoiam e auxiliam os companheiros. Assim, ela é indicada para pessoas de qualquer idade, raça ou profissão, auxiliando o indivíduo a tomar consciência de seu corpo físico, acalmar seu emocional, trabalhar sua concentração e memória e, principalmente, entrar em contato com uma linguagem simbólica, que embora acessível a qualquer um, não é utilizada no dia a dia.


Aplicabilidade

A Dança Circular é cooperativa por natureza. Assim, nos tempos atuais, quando as pessoas estão buscando caminhos para harmonizar as diferenças, este tipo de proposta cai como uma luva por sua simplicidade e profundidade. Em roda, de mãos dadas, olhos nos olhos, o resgate das danças folclóricas traz a ancestralidade à flor da pele e conecta cores, raças, tempos e espaços, acessando outros níveis de consciência e percepção. Esta prática prepara o ser humano para uma nova etapa da humanidade, onde harmonia e paz serão reflexos de atitudes de cooperação e comunhão.
Por todas estas razões, a aplicabilidade das Danças Circulares Sagradas não tem limite. Especialmente no Brasil, ela está sendo vivida nos mais diferentes espaços de convivência: empresas, presídios, escolas, instituições, órgãos públicos, hospitais, abrigos e qualquer lugar que tenha seres humanos precisando de paz, calor humano, amor e compaixão.




Entre as Danças Ciganas e Folclóricas várias danças se dão em Roda principalmente as Familiares como os Kôlos, que cada familia desenvolve um passo especifico, o Ghoomar que é dançado em festas de casamento na Índia, o Dabke do Folclore árabe e muitas outras que não só apenas envolvem folclore como também espiritualidade.

                                            Ghoomar Feminino
                                            Ghoomar Masculino
                                              Kolo Familiar

VIDEOS:

GHOOMAR



ROMANO KOLO

 

                                             
      DANÇA CIRCULAR COM MUSICA EM ROMANI

      


DABKE FOLCLORE ÁRABE
       



"Se encante pelo movimento circular destas danças e faça o seu interior comungar com o Divino"

sexta-feira, 2 de março de 2012

Jorajanes



JORAJANES
 "TURCEASCA"






mahala, kuchek, jorajanes, Chalga .. Danzas de los Gitanas Balcãs - Valáquia, Iugoslávia, Macedônia, Bulgaria
ria, grecia ...


Cocek é um gênero musical e de dança que surgiu nos Bálcãs no início do século 19. É gerado a partir de bandas militares otomanas que na época foram espalhados em toda a região, principalmente em toda a Bulgária, Macedónia, Sérvia e Roménia.Isso levou à segmentação eventual e uma vasta gama de sub-estilos étnico / tendências cocek. Cocek foi entregue ao longo das gerações, preservada principalmente por minorias ciganas e foi amplamente praticado nos casamentos das aldeias e banquets.There não é uma palavra em Inglês para cocek embora alguns se referem a ele como o bronze cigana. A grafia "cocek" é realmente derivado do sérvio. Macedônios usar chochek. Na Bulgária, é escrito como kyuchek ou kyutchek. Não importa como você enfrentá-lo, é uma das manifestações mais fascinantes da cultura cigana dos Balcãs e. E sim, esta é a música tradicionalmente utilizado para a dança do ventre entre as meninas ciganas.


http://www.youtube.com/watch?v=taBLM1Clbps&list=PL2494E3272D5CE6FE&index=26&feature=plpp_video




A música da Roma lăutari é chamado de música lăutărească mas não é uma música única do lăutari, a música varia de região para região, o mais conhecido sendo que do sul da Roménia, onde a música lăutărească tem um estrato rural e um urbano O urbana lăutărească muscic é conhecido como o folclore urbano ou música Mahala.




                                                                                               
http://www.youtube.com/watch?v=tQgFLzhRgoA&list=PL2494E3272D5CE6FE&index=106&feature=plpp_video




Fonte:
 KHELIPEN - danzas gitanas

domingo, 31 de julho de 2011

Russian Gypsy Dance

"Danças Ciganas Russas e Polacas , da India para a Russia , do Folclore para o palco"


No Leste Europeu a dança cigana é Cênica e combina muitos elementos desde sua origem Indiana como também dos países por onde os ciganos passaram.



A Família sempre manteve a dança como uma forma de preservação da cultura Romani.Os espetáculos tem  sempre um espirito de celebração de sua origem, é apaixonado,expressivo e impulsionado pela força de sua propia experiência.Os dançarinos ciganos tem uma expressão de orgulho,liberdade e a amor a sua comunidade.



A dança cigana russa é tecnicamente e fisicamente certas exigências a dançarina. A principal coisa é se concentrar na música envolvida e expressar seus sentimentos na dança. A improvisação é muito importante nesta dança, o que torna muito versátil. Esta dança não tem limites de idade, assim que pode ser dançada por jovens e velhos e aprendi com muita diversão!









Um Video de um grupo maravilhoso, um dos meus favoritos Monisto.




quinta-feira, 14 de abril de 2011

Danças das Tribos do Rajastão

KALBELIA

O deserto do Thar estende-se pelo território da Índia e Paquistão. A poucos quilómetros da fronteira entre estes dois países e depois de termos saído há algumas horas de Jaisalmer no Rajastão, começam as maiores dunas do deserto. Bem perto está a fronteira com o Paquistão, mas devido ao conflito entre estes dois países não e possível atravessar aqui a fronteira.
No deserto do Thar podemos apreciar uma das mais sensuais danças do Rajastão.
Kalbelia é o nome desta forma de dança representada pela tribo cigana com o mesmo nome. Estas danças são parte integral da cultura desta comunidade.
A principal ocupação desta tribo era no passado a captura e comercialização de cobras e do seu veneno. Numa representação da sua rotina diária estas danças assimilaram os movimentos deste animal. Esta tribo, seguidora da religião hindu, é também conhecida como Sapera ou Jogira. O maior número desta população pode ser encontrado nos distritos indianos de Pali, seguido de Ajmer, Chittorgarh e Udaipur. 


A música é tarefa dos homens, exímios intérpretes de instrumentos como o Pungi, Dufli, Beer, Khanjain, Morchang, Khuralio ou do Dholak. As danças são na maioria dos casos interpretadas pelas mulheres, que usam vestidos pretos e vermelhos escuros. O espectáculo de dança tem várias partes combinando diferentes acrobacias que requerem enorme flexibilidade e perícia. As executantes fazem várias demonstrações do seu talento dançando sobre espadas, pregos ou vidros, sempre com enormes objectos na sua cabeça, que demonstram o seu equilíbrio, fluidez e concentração.
As danças Kalbelia são hoje mundialmente conhecidas, é uma forma de celebração de momentos de alegria desta comunidade cigana partilhados por quem visita o deserto do Thar, no estado indiano do Rajastão.



terça-feira, 29 de março de 2011

GHAWAZEE


O ESTILO





A dança das ghawazee foi um dos estilos que serviu de estrutura no desenvolvimento da Dança do Ventre neste formato que conhecemos atualmente, mas, afinal, o que é e quais são os passos que determinam o estilo ghawazee?

   Para quem estuda mais afundo a cultura cigana, sabe-se que cada família cigana possui uma forma diferente de dançar e que no final do século XIX, pelo menos dois estilos se mantiveram para o estudo ocidental: o Sombati e o Maazin. 

    Dentro destes dois termos ainda há a discussão pelos nomes dados, pois Sombati é também um ritmo e uma região e Maazin é o nome de uma família de ciganos, que atualmente mantém a tradição da dança.

     Dentre estes dois estilos, o primeiro é mais agressivo em termos de sedução e o segundo parece-se bastante com a dança do ventre, principalmente alguns passinhos que deram origem ao American Tribal.

Abaixo Khairecya Maazin, demonstrando o estilo ghawazee segundo sua tradição:


 O estilo ensinado pelas Banat Maazin tem mais ou menos seis passos, nada mais, o que nos leva a acreditar que muito da tradição se perdeu ou que num tempo passado não havia uma exigência técnica como existe atualmente. 


   Principalmente sendo uma dança de rua, presente nas festas, a brincadeira com o público deveria ser mais explorada do que uma sequência apurada de movimentos técnicos. 

 Já o modern ghawazee, criado por Aida Nour, segue a técnica do baladi com uma pontuação mais sedutora e brincalhona por parte da bailarina.

 Um vídeo que nos oferece a real condição dos ciganos egípcios e da figura da ghazyia é o Lacho Drom, seleciono abaixo o trecho a que menciono, atenção à coordenação entre quadris e pés: 




 O figurino ghawazee que conhecemos a partir de antigos cartões postais seguem a moda turca dos fins do século XIX, colete e calça bufante ou saia rodada e curta em contraposição com Tull bi - Telli ou Assuit  que é a galabiya tradicional egípcia, bordada em prata ou ouro, utilizada a partir da Idade Média e que tornou-se cada vez mais rara.

Alguns elementos da indumentária ghawazee são em grande parte inovações feitas pela família Maazin, cujo patriarca Yusuf, entrevistado por Edwina, descreve as mudanças e contextualiza a situação de seu clã em relação as transformações históricas do Egito.

   Um dos elementos criados pelos Maazin é aquele diadema, que durante os anos 70 e 80 virou uma febre entre as dançarinas de Dança do Ventre do mundo todo. Originalmente a ghawazee cobria os cabelos, como toda mulher do deserto, com um longo lenço bordado e arrematado com pompons (ainda é possível de ver nos trajes folcloricos dos fallahins por exemplo), mas por uma decisão interna do grupo, as Maazin criaram um diadema em forma de crescente, que prendia os cabelos para trás e ao mesmo tempo oferecia maior efeito nos espetáculo. O acessório foi apelidado de Taj Mahal, termo que no Egito quer dizer coroa 



O crescente de prata é um símbolo comum na indumentária do Alto Egito, tanto nas galabiyas, nos acessórios de prata como colares e brincos. Mas, com o passar do tempo e as transformações na vida e na cultura egípcia os figurinos sofreram atualizações de acordo com as novas necessidades e situações financeiras, os colares e moedas foram substituídos por lantejoulas e paetês, as fitas de cetim, que pendiam dos quadris até os tornozelos, por faixas com franjas de missanga, assim como a saia, ganhou babados de franjas com maior volume nos quadris para destacar os movimentos.



 Entre passado e presente muitos elementos mudaram, claro, mesmo porque a tradição vêm se perdendo ano após ano como todas as tradições em processo de extinção, e isso se deve aquele fato histórico em que as ghawazee foram expulsas do Cairo num processo de manutenção da moral na sociedade egípcia. Na região de Sombati, por exemplo, não se fala sobre o estilo daquela região, mantém-se apenas a lenda de que era muito sensual e nada mais...

    Mas, os movimentos, da família Maazin pelo menos, sobrevivem dentro da Dança do Ventre e há grupos ocidentais preocupados em manter, pelo menos a técnica; não é a mesma coisa, pois a tradição se faz com um família reunida, o patriarca compondo as musicas, os homens tocando e as mulheres improvisando sua própria história...

E quais são os passos que identificam um estilo ghawazee? 



    Além de passos folcloricos presentes nas demais sha'abis, como assaya ou fellahin, as ghawazee costumam manter uma vibração constante nos quadris. 

São característicos os seguintes passos:

Percurtir o pé (planta inteira) no chão durante as batidas laterais.

Acento forte para a lateral seguido de shimmy.

Egyptian walk - shimmy em triangulo.

saltinhos para trás como nas danças libanesas.

movimentos de braços em círculo - no alto da cabeça ou na região do ventre.

twits com acento diagonal.

Encostar-se uma na outra, pelas costas enquanto dançam.

 As ghawazee também praticavam algumas artes circenses, como equilibrar as bengalas na cabeça, nos quadris e no busto.




Aqui o grupo LESHJAE faz este estilo na primeira parte de sua Coreografia




segunda-feira, 28 de março de 2011

O KHALIGE



Dança do Golfo Feminina








Khalige é uma dança típica dos países do Golfo Pérsico,da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes. Nela, os cabelos representam um papel fundamental, em que as bailarinas os jogam para os lados e fazem movimentos circulares e fortes, uma vez que o corpo fica praticamente todo coberto por uma grande túnica, sempre muito colorida e bordada ricamente.




Em festas femininas e casamentos é comum que as mulheres coloquem o tradicional vestido khalige por cima de sua roupa de festa e dancem sempre.São festas fechadas e familiares.

Os países onde este ritmo é mais conhecido são: Kuwait, Katar, Arábia Saudita e Emirados Árabes.

No oriente, é chamada dança dos desertos, já que os nômades são os dançarinos tradicionais. As mulheres vestidas com suas longas túnicas de corte geométrico e ricamente bordadas, dançam de forma bastante sensual movendo a cabeça, mexendo os cabelos e marcando o ritmo com os pés.




O ZAAR

A DANÇA



Pelo aspecto ritualístico, o Zaar é uma dança de êxtase, não aceita pelo islamismo e com rito banido do Sudão pela lei de Shari'a em 1983. Funciona também como uma forma de compartilhar conhecimento e solidariedade entre as mulheres destas culturas patriarcais.

O traje usados nas cerimônias varia de acordo com o país. No Egito, as mulheres podem usar Galabya masculina. Na dança, é comum usar-se uma tunica ou a própria galabya feminina usada na Raqs al Nasha'ar (Khaleege).
Os movimentos tradicionais de zar são jogadas de cabeça e gingadas. É importante frisar que esses movimentos podem são arriscados, principalmente para pessoas com problemas na coluna cervical ou de ombros. O mais importante é relaxar a musculatura dessas regiões no movimento. Deixar o peso da cabeça mandar é mais seguro para não se machucar. Ficar tenso e com medo do movimento pode ser muito mais propício a uma lesão.

O Ritmo utilizado no Zaar Dança é o AYUBI, porém num compasso mais lento (2/4).





  Em suma, podemos arriscar em dizer q o Zaar é uma dança visceral, profunda, sagrada e profana, coalizadora do   inconsciente coletivo feminino", que transcende a qquer explicação "freudiana". Seria minimista classificar pura e simplesmente de "dança étnica" ou "ritualistica". Eu prefiro a afirmação de que o Zaar é uma dança do espírito da bailarina...

      Encerro esse artigo  com uma sensação de vazio. O tema é instigante ao pesquisador, e provoca o ímpeto de saber mais, ir mais fundo no assunto, mas incorremos no erro do desvio de foco.


" O Zaar liberta o meu espirito "



Aqui o grupo LESHJAE mostra uma fusão entre o estilo Gawazee e o Zaar